sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DIREITOS DO PACIENTE EM SITUAÇÃO TERMINAL

5 comentários:

  1. Não podia deixar de comentar este video, uma vez que é um tema em que tenho pesquisado bastante de forma a esclarecer algumas dúvidas e receios. Muitas vezes estes direitos não são totalmente respeitados, a pessoa pode não estar capaz de decidir, pode nem saber que é o fim da sua vida e isto depende dos profissionais de saúde e da propria familia, que prefere não "preocupar" o seu familiar. Mas será esta a melhor hipotese? Mesmo que a familia não queira informar o seu familiar, não tem este todo o direito da saber da sua situação de doença?
    Esta é uma das questões que deparo me várias vezes e tendo em conta que realizo o meu ensino clinico num serviço em que irei lidar com situações deste género, receio não saber agir correctamente a nivel etico e moral, aquando das questões que o doente poderá abordar.
    Realço, também, um direito que muitas vezes fica descurado, o facto de a familia ser apoiada psicologica e administrativamemte,de forma a darmos respostas a esta familia que perdeu alguem querido e que está numa situação de vulnerabilidade.

    Marlene Raposo

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  2. Tendo em conta a minha falta de experiência na prestação de cuidados a doentes em fase terminal, fico preocupada e já reflecti várias vezes, se serei capaz de prestar os devidos cuidados ao doente e respectiva familía, se serei capaz de gerir as minhas emoções fase a situação?
    Na minha opinião, a maioria dos direitos do doente em fase terminal são tidos em conta, acho que a principal lacuna se encontra muitas vezes na informação que é dada ao doente sobre o seu verdadeiro estado de saúde, tendo por vezes, a necessidade de o poupar. Outra das principais lacunas, são os cuidados prestados à familía durante os processos de doença do familiar e luto do mesmo, sendo ambos aspectos que o enfermeiro deve ter em atenção na prestação dos cuidados.
    Natalina Silva

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  3. Sendo os cuidados paliativos uma área tão urgente a desenvolver não podia deixar de comentar este video, uma vez que a minha falta de experiência nesta área me preocupa pois tenho receio de não ser capaz de prestar cuidados a pessoas que se encontrem em cuidados paliativos como elas merecem. Como no serviço onde estou a realizar o meu ECCCE, por vezes estão internadas pessoas com necessidade deste tipo de cuidados foi de todo o meu interesse ver este video, pois foi uma importânte fonte de transmissão de conhecimento.
    Citando GREEN (1984, " os cuidados de enfermagem consistem em ajudar o indivíduo a cumprir as tarefas de que ele próprio se ocuparia se tivesse a força, a vontade e o conhecimento, de forma a ajudá-lo a reconquistar a sua independência".
    A prestação de cuidados aos doentes e ficar junto dos que morrem faz parte integrante das acções dos enfermeiros.
    Na minha opinião é importante que estes direitos sejam respeitados e que a vontade da pessoa seja tida em conta, o que muitas vezes não parece acontecer pois minimiza-se a informação transmitida para que a pessoa não sofra e ao fazer-se isso está-se a provocar mais sofrimento porque esta deixa de ter a possibilidade de decidir por si e de ter autonomia nas suas decisões.
    Era bom que os cuidados paliativos se tornassem uma realidade para todos e que os direitos dos doentes em cuidados paliativos fossem respeitados.

    Joana Isabel Cordeiro Carvalho

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  4. O clip mostra a forma como a sociedade é egoísta e não se preocupa com quem anda ao lado...se fossemos capazes de respeitar o outro qual a necessidade de tais direitos? Qual a necessidade de haverem cartas e documentos que apelam a que o respeito pelo outro seja real. Se cada pessoa olha-se para o lado, em vez de se olhar no espelho nada disso seria necessáiro. utópico? não sei se será assim tanto, difícil de ver concertizado nos dias de hoje, COMPLETAMENTE.
    Mas passando ao tema em si, realmente é algo que tenho ao longo do tempo pesquisado e cada vez mais desperta-me interesse, uma vez que nesta altura não será o tecnicismo a falar mais alti mas a enfermagem no seu mais puro sentido, posto em prática. Penso que cada vez mais há que lutar por estes direitos e por estas ideias. Chamar à atençao para a necessidade e a real situação, que muitas vezes é aliviada com reportagens e comentários. Será seria mais produtivo haver realmente uma reportagem/documentário que passa-se, mas com um impacto da realidade maior, seria difícil ver realidade que existem, pensar em que condições muitas pessoas vivem e ao que têm de se sujeitar para sobreviverem (sim, porque viver é impossível), que fosse passado nas escolas, em vez de muitas das aulas em que os aluno saiem sem saber bem o que lá falaram, já que existe a diciplina de educação cívica ( ou pelo menos havia na minha altura ) eram assuntos que deviam ser abordados e discutidos de forma a chamar à atenção mesmo da camda mis jovem para a realidade do nosso país e do nosso futuro, sim, porque caminhamos todos para lá, se não morrermos cedo é a realidade, ou temos muito dinheiro e conseguimos acesso a cuidados realmente de qualidade e um final de vida digno ou então sobrevivemos em condições mínimas, rezando/esperando que algo aconteça e que o sofrimento passe.

    Espero que realmente o nosso futuro seja outro, e que a sociedade olhe mais pelos outros, pois eles são o seu reflexo no tempo.
    Alexandra Manuela Almeida de Medeiros

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  5. Os cuidados continuados são cuidados de convalescença, recuperação e reintegração de doentes crónicos e pessoas em situação de dependência, que visam a recuperação global, promovendo a autonomia e melhorando a funcionalidade da pessoa dependente, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.
    Estes cuidados destinam-se a todos os cidadãos que deles necessitam, ou seja, a pessoas de todas as idades com dependência funcional; a pessoas com doença crónica; a pessoas com doença incurável em estado avançado e em fase final de vida.
    Segundo Pacheco (2004), os cuidados palitivos são a resposta adequada dos cuidados de saúde para um doente que está numa situação de doença progressiva, irreversível e já numa fase terminal – os tratamentos curativos tornam-se então inúteis e desnecessários e devem ceder lugar aos cuidados paliativos.
    Pacheco (2004) considera que os principais objectivos dos cuidados paliativos são:
    1. Prestar cuidados individualizados, tendo em conta a singularidade de cada ser humano e todas as dimensões do seu ser;
    2. Prevenir a dor ou, pelo menos, torná-la tolerável, através de uma prescrição e administração contínua de analgésicos e outras medidas complementares;
    3. Avaliar outros sintomas causados pela doença ou pela medicação, como por exemplo naúseas, anorexia, diarreia ou obstipação;
    4. Oferecer apoio relacional, moral, espiritual e religioso ao doente em faase terminal e à família;
    5. Contribuir para promover a qualidade de vida do doente até à morte;
    6. Apoiar a família durante o processo de morte e de luto.
    Os cuidados paliativos são cuidados imprescindíveis, que por sua vez são abordados em vários documentos, tanto implícito em deveres de profissionais de saúde, como direitos de indíviduos em fase terminal de vida. De seguida, serão abordados alguns exemplos.
    No Código Deontológico dos Enfermeiros, Artigo 87.º do respeito pelo doente terminal, surge-nos o dever de defender e promover o direito do doente à escolha do local e das pessoas que deseja que o acompanhem na fase terminal de vida; Respeitar e fazer respeitar as manifestações de perda expressas pelo doente em fase terminal, pela família ou pessoas que lhe sejam próximas e respeitar e fazer respeitar o corpo após a morte.
    Na Carta dos Direitos do Doente Internado, verifica-se que o doente internado tem direito de receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação, terminais e paliativos; tem direito à visita dos seus familiares e amigos; tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde, entre outros.
    Cicely Saunders considerava fundamental cuidar do doente como um todo, uma vez que é como um todo que o doente sofre. A institucionalização dos cuidados paliativos começou na Grã-Bretanha, com um objectivo muito claro: “juntar vida aos dias e não dias à vida”.(Pacheco, 2004)
    Para concluir, os cuidados paliativos são importantes na promoção da qualidade de vida, pois eliminanam sofrimentos inúteis, suavizando o processo de morte.

    Alexandra Andrade

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