sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Documentário Cuidados Paliativos 1/3

16 comentários:

  1. A vida passa, a nossa dignidade não! É importante dar qualidade de vida a estas pessoas e isso só pode ser possível através do cumprimento do respeito e da dignidade, só assim podemos trabalhar e justificar as nossas acções. A "maionese"deixa de ser importante, mas as coisas essenciais fazem todo o sentido, agora é precisso procurar junto de cada uma destas pessoas o que é essencial para elas, pois o que pode ser para mim não é para elas. Num mundo em perfeita mudança, os cuidados paliativos são cada vez mais necessários, vamos investir neles...se calhar era uma boa idéia!
    Paula Cristina Soares

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  2. Pois, é. Mas ainda bem que há pessoas disponíveis para as pessoas. Como enfermeiros e e futuros enfermeiros a única opção que temos é trabalhar e fazer a parte que sabemos e podemos fazer para melhorar a qualidade destas pessoas. Nem todos temos condições para ajudar estas pessoas, mas fico satisfeito que alguém está atento e está sensível a esta área. Os cuidados paliativos são necessários. Não seriam se houvesse «um remédio» para tudo. Infelizmente não há. Por isso felizmente (não sei se esta palavra é adequada) há cuidados paliativos, e cabe a nós, cada um na sua área dar uma resposta paliativa. É preciso melhorar a realidade que conhecemos. Precisamos trabalhar todos em equipa. Alguém precisa.

    José Carlos Lopes

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  3. Quando parece não haver mais nada a fazer, muito ainda pode ser feito! Coisas tão simples, por vezes podem ser o melhor "remédio"...Todos os profissionais falam em "visão holística", o desafio é não esquecer isso quando a situação de uma pessoa fisicamente não tem solução. Então a solução passa a ser dar vida áqueles que vivem os seus últimos dias "Dar vida aos dias e não dias à vida". Isso passa por estabelecer uma relação de cumplicidade e verdade com o doente. A inexistência de cura nunca deverá justificar a ausência de contacto...Há que dar esperança a estas pessoas, mesmo quando a desesperança parece ser o único sentimento válido. Mas como todos já sabemos, quando pouco há já a esperar, continua a ser realista ter esperança de não morrer sozinho e de ter uma morte serena.
    Os Cuidados Paliativos são o verdadeiro cuidar, quando o tratar já não é suficiente.
    Claro que cuidar do doente, passa também por cuidar da família, não só porque toda a família acaba por ficar igualmente "doente" , mas também porque se queremos ir ao encontro das reais necessidades da pessoa (essencialmente espirituais), não há melhor trunfo do que a sua família. São as pessoas que sempre conviveram com ela, e ninguém a conhece melhor do que a própria família.
    O essencial é não deixarmos as pessoas morrerem antes da morte...e dar "aquele abraço" que pode fazer toda a diferença!

    Ana Sofia Rodrigues

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  4. Infelizmente, vivemos numa era em que a ciência é vista como a fonte de todas as respostas face à morte trazendo até nós um falso sentimento de imortalidade que nos distancia do Carpe diem. Felizmente, a caminhada na consciencialização da importância dos Cuidados Paliativos aos doentes terminais e a visão do doente como um ser holístico, veio legitimar o acompanhamento espiritual como um cuidado àqueles que enfrentam a etapa final do ciclo vital, mas não menos privilegiada e sagrada da vida (Decreto-Lei n.º 253/2009, publicado a 23 de Setembro, em Diário da República, regulamenta a assistência espiritual e religiosa nos hospitais e outros estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde).
    Assim, os Cuidados Paliativos emergiram da necessidade, há séculos declarada, de uma assistência personalizada e com base em princípios científicos no fim de vida, exaltando a legitimidade de uma morte digna aos doentes terminais e suas famílias.
    O movimento dos cuidados Paliativos veio relembrar a nossa sociedade, há muito esquecida das questões da morte e do sentido vida, que o doente em final de vida, portador de uma doença incurável e confrontado com a morte, continua a ser um ser único, com uma identidade própria e singular, com uma história irrepetível. É exactamente aqui que a nossa caminhada começa! Nós acompanhamos estas PESSOAS no seu sofrimento total mas, acima de tudo, na vida que resta viver, proporcionando-lhes qualidade de vida, a sua qualidade de vida.

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  5. Torna-se cada vez mais necessário investir nos Cuidados Paliativos, bem como sensibilizar os profissionais de saúde para a importância destes. Devemos respeitar sempre as pessoas em relação às suas vontades/desejos bem como atender sempre as suas necessidades enquanto seres holisticos e seres humanos detentores de uma dignidade humana própria e singular.
    É importante não deixar as PESSOAS "desesperadas e sozinhas no sofrimento e na doença". Torna-se necessário acompanhar estas pessoas, proporcionando-lhes o máximo de qualidade de vida possível.
    É importante proporcionar a qualidade de vida a estas pessoas...

    Raquel da Conceição Medeiros

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  6. Fala-se em qualidade de vida, mas de facto é algo variável de pessoa para pessoa.
    O enfermeiro é o elemento de saúde que mantém uma relação “mais íntima” com o doente e é quem presta mais cuidados directos. Assim sendo, nestes casos de cuidados paliativos, torna-se tão ou mais importante atender aos princípios bioéticos, beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça, dos quais saliento a não-maleficência e autonomia. A não-maleficência (segundo o Código Deontológico do Enfermeiro, Artigo 82º - Dos direitos à vida e à qualidade de vida, alínea d) Recusar a participação em qualquer forma de tortura, tratamento cruel, desumano ou degradante), na medida em que não deverão ser aplicados tratamentos desnecessários e invasivos, uma vez que em termos patológicos já não há nada a fazer; a autonomia, no sentido do respeito pelo direito à autodeterminação da pessoa, neste caso (tendo em conta o vídeo) é deixar que a pessoa fume aquele cigarro, pois poderá ser o seu último prazer tendo em conta o tempo que lhe resta viver. Por vezes digo que cuidados paliativos são “ a realização de sonhos”, pois permite que a pessoa faça aquilo que lhe dá prazer, que muitas vezes passa por coisas tão simples mas que fazem toda a diferença. Para estas pessoas o importante é o momento, o “aqui e agora”, é “aquele abraço”, “aquele toque”, “aquele sorriso”, “aquele silêncio”! Infelizmente, muitas vezes os profissionais de saúde esquecem-se do verdadeiro “cuidar”, com todas as componentes física, espiritual e emocional, dando ênfase ao “tratar”.
    Os cuidados paliativos envolvem alguma carga emocional, sendo necessário um “jogo mental” da parte dos profissionais de saúde.
    Dou por mim a questionar: Sendo a dignidade inata e morrer com dignidade um direito, porque é que os cuidados paliativos não estão ao alcance de todos?

    Carolina Benevides

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  7. Tendo em conta o aumento da esperança média de vida, os avanços da ciência e por consequência, o aumento de pessoas com doença crónica, torna-se fundamental investir nas Unidades de Cuidados Paliativos. Pois estes permitem que a pessoa goze os seus últimos momentos de vida com dignidade, sem dor. Devemos respeitar a forma como cada pessoa encara a sua própria doença, ajudando-a a ultrapassar os obstáculos e a viver cada dia, como pessoa única e singular que é. Por vezes, não é necessário fazer muito (tendo em conta a nossa opinião), como por exemplo, conversar, mimar, abraçar, mas para aquela pessoa que está doente é um grande feito, ajudando-a a ultrapassar aquela dor que sente.
    Contudo não basta apenas cuidar do cliente, mas também da familía que também está afectada pela situação, encarando-a sempre como um aliado na prestação dos cuidados, pois é esta familía que conhece bem o cliente e que junta com este vão-se apoiando mutuamente, nesta fase da vida.
    Natalina Silva

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  8. Penso que os cuidados continuados ainda são um mistério para muitos profissionais de saúde. Este ano aprendemos que vai muito além dos “típicos” cuidados continuados…ou seja, não são apenas para pessoas que têm diagnóstico de um tipo de cancro ou para pessoas em fim de vida, mas sim todas aquelas que têm, independentemente da idade, algum tipo de dependência, incapacidade ou doença crónica, que um dia poderão precisar de cuidados e da continuidades dos mesmos, que advém da tal doença e, quando assim pensamos, vemos que realmente existem imensas pessoas nessas situações... E estas merecem toda atenção…não só por estarem vulneráveis como por terem de se adaptar à sua nova condição…e, por isso, merecem o devido respeito à sua dignidade, àquilo que entendem como qualidade de vida para si.
    Segundo CARVALHO (2002), “a qualidade de vida é um conceito multidimensional (…) dinâmico que se altera com o tempo, com as experiências e através dos acontecimentos vivenciados. É um conceito que só pode ser definido pelo próprio indivíduo”.
    Em suma, quando essas pessoas estão no hospital temos de lembrar-nos…aquele não é o seu lar, é um ambiente estranho, com outras rotinas… logo é o nosso dever dar o máximo conforto e atender às necessidades dessas pessoas, tal como pretendem, proporcionar-lhes tanto quanto possível um ambiente mais “familiar”.
    E um PS importante: apesar de falarmos sempre na pessoa doente (aquela que decide sobre como deseja viver a sua vida), não podemos esquecer os familiares/cuidadores, que precisarão, nessa altura também de nós para dar apoio e para perceber o porquê das tomadas de decisão do doente (por exemplo, de não querer determinados procedimentos invasivo), das alterações de humor que ele possa vir a ter, etc.

    Verónica Correia

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  9. Acho que cada vez mais, é necessário fomentar a importância e o impacto "precioso" que se pode conseguir com os cuidados paliativos. É muito importante, que durante o percurso do doente em fase terminal se mantenha uma assistência de um elevado grau de qualidade, e coisas simples como a escuta activa, o toque terapêutico, a comunicação, interacção, integrar a família e prestar apoio à mesma durante todo o processo, bem como proporcionar à mesma uma presença mais permanente junto da Pessoa em fase terminal, são sem dúvida cuidados que podem marcar toda a diferença. Deve-se respeitar sempre a integridade física/psicológica da pessoa e acima de tudo, a sua Dignidade, quer nos processos de saúde como nos de doença.

    “Nossas vitórias sobre a doença e a morte são sempre temporárias, mas nossa necessidade de apoio, cuidado diante delas, são sempre permanentes “
    (Callahan, 1993)

    Natacha Pinto

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  10. Infelizmente, os cuidados paliativos não estão ao alcance de todos. NO entanto, julgo que, embora não haja uma unidade de cuidados paliativos nos Açores, em nome, acredito que em muitos serviços haja a oportunidade de prestar estes cuidados com a maior qualidade que existe dentro das nossas limitações.
    Cada vez mais são detectadas doenças terminais, e infelizmente, em pessoas cada vez mais jovens, pessoas que têm o direito de decidir. É cada vez mais importante informar o doente, de forma a que este opte qual o tratamento que quer, como optou a Sra. Rita Garcia. Depois de tentar a quimioterapia, preferiu um tratamento baseado em "mimos e carinhos" e controlar a sua dor "espiritual e humana". É neste sentido que, nós, futuros enfermeiros, devíamos ser sensibilizados, em prestar cuidados não apenas para controlar a dor física mas sim cuidar da outra dor que dói muito mais do que um "arranhão".
    Não se pode esquecer e a mim também me preocupa, o lado da equipa, as emoções que têm que ser controladas, se calhar alguma desmotivação da mítica frase "já não há nada a fazer" e os momentos de fraqueza dos doentes nesta fase. Não deve ser fácil lidar com esta situação. Por outro lado, deve ser extraordinariamente compensador, conversar com estas pessoas, aprender com elas lições de vida, pois ninguém melhor do que elas saberá valorizar a vida, e cada vez que se tirar um sorriso delas será sem dúvida um dos maiores prazeres da vida.

    Marlene Raposo

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  11. O facto de se começar a falar em Cuidados Continuados é um grande passo em frente. Tem-se tentado ver na ciência a resposta para tudo, realizando muitas vezes procedimentos dolorosos, posso mesmo afirmar que autenticas torturas tanto para doentes, família e amigos, uma vez que é o tudo por tudo para que durem apenas mais um dia, depois desse mais um e assim sucessivamente, a utentes aos quais o que resta mesmo é aproveitar o pouco de vida que têm com a melhor qualidade de vida, podendo ter uma morte digna e só assim eles podem viver mais um pouco em vez de sobreviverem, o que para eles parece, uma eternidade.
    Cada caso é um caso, cada Ser Humano único e para isso estão lá os enfermeiros, os profissionais de saúde mais próximos dos utentes e famílias, conhecem-nos melhor que qualquer outro profissional. Penso que como futuros enfermeiros e, felizmente, entrando na consciencialização de que os cuidados paliativos são extremamente importantes e não apenas aquilo que resta, pois é muito mais do que aquilo que resta, é o tudo, não é um trabalho fácil, temos de cada vez mais conhecer quem temos a frente, quais os seus desejos, os seus medos, tentar que se sinta bem mesmo que esteja a 1 min de morrer.
    Tive o privilégio de trabalhar no serviço de Medicina III, o que para mim foi sem dúvida alguma gratificante, não me senti desolada por ver chegar o fim, senti-me privilegiada em ter contactado com um fim de ciclo tentando dar o melhor de mim para que esse mesmo ciclo se fechasse com a maior dignidade possível e, sinceramente, isso foi conseguido.


    Ânia Sofia Caetano da Silva

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  12. Cada vez mais é pensado e falado acerca da dor e da necesidade emocional de pessoas que sabem que tratamentos invasivos não sao o fim da sua situação. E acredito, cada vez mais, que é possível termos esta sensibilidade, a sensibilidade de perceber que a vida é finita e que há formas diferentes de encarar a doença/morte. O aumento da esperança média de vida é, por vezes, a maior condenação à morte. E é simplesmente fora de série pensar que podemos ter um papel tão importante na vida de alguém, na forma como irá encarar o tempo que tem...pensar em cada dia como uma vitória, e nunca esquecer que apesar de alguma degradação da sua auto imagem/ aspecto físico não molda a sua forma de ser, ou pelo menos não deve, e dái a importancia dos cuidados paliativos, não só em deixar de ter dor, em deixar de pensar que estava melhor morto, mas sim tentar aceitar que existem essas doenças, que podem ditar uma grande parte do curso vital, mas não a forma como vivemos o que nos é possível. Acho fantástica a forma como falam do tratamento "emocional" que recebem e a importância desta contra os tratamentos invasivos. Ou seja, para mim, com este tipo e cuidados, o que interessa não são os anos que vivemos mas a forma como vivemos e como nos ajudam a viver...

    Alexandra Manuela Almeida de Medeiros

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  13. As unidades de cuidados paliativos infelizmente ainda são uma realidade muito recente no nosso país, existindo ainda um longo caminho a percorrer.
    O enfermeiro tem um papel fundamental nesta área, uma vez que é ele que contacta diariamente com o doente e com a sua família.Este deverá atender às necessidades biológicas, psicológicas, espirituais, sociais e familiares (Carta dos direitos dos doentes terminais:"Ser cuidados por pessoas competentes e sensíveis").
    Neste excerto desta reportagem, um dos aspectos que mais me chamou a atenção foi o facto da importancia do ABRAÇO para esta doente. Aí está a prova de que pequenos gestos podem aliviar a dor e reconfortar o doente.
    Para terminar Cecily Saunders refere "O senhor é importante por ser quem é. Continua a ser importante até ao ultimo dia, e faremos tudo quanto pudermos, não só para que morra em paz, mas para que viva até morrer". Que este seja um lema para todos os profissionais de saúde, para que respeitem sempre a dignidade humana.

    Sara Faria

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  14. Efectivamente cuidados paliativos tem de ser igual a qualidade de vida e não prolongamento de vida ou espera pela morte. Qualidade de vida essa que só é possivel através do respeito pela dignidade da pessoa, ou seja, pelo respeito do seu corpo, da sua forma de pensar, pelas suas vivências... Ninguém é igual a ninguém, começando logo pelo seu ADN, assim os cuidados têm de ser personalizados, individualizados e não copiados. A atitude, disponobilidade do profissional para o utente fará toda a diferença para além da sua experiência. Estes utentes precisam naturalmente de cuidados, mas não mecanizados e precisam ainda mais do apoio emocional que se dá através de um beijo, de um abraço, de uma pancada nas costas,de um sorriso... de actos que se efectuam em benefício da propria pessoa. Continua a ser uma área em desenvolvimento e de grande aposta, tendo em conta a demografia da nossa população e os seus hábitos de vida e de consumo. Vamos dar VIDA aos ANOS!!Enfermeiro cuida em todas as etapas da vida humana, esse sim é o nosso papel!

    Paula Cristina Soares

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  15. Só preciso que me tirem a dor, seja ela física ou emocional... São algumas das palavras que ouvimos das pessoas que passam pela doença terminal... Precisamos cada vez mais apostar na entrega ao outro sem o medo de partilha de emoções e carinho... Esta partilha pode ser conseguida se imaginarmo-nos no lugar do outro... São muitas as vezes precisamos de um abraço quando nem sequer estamos doentes! Somos um "eu" num corpo físico, e não um corpo físico num "eu"... Precisamos sempre de cuidar da alma...

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  16. Como sabemos os cuidados paliativos são uma vertente dos cuidados continuados. Cada vez mais a existência de unidades que prestam este tipo de cuidados passaram de mera utopia e a cada dia tornam-se uma realidade. Após visualizar os vídeos relativamente aos cuidados paliativos, há a salientar que cada vez mais é relevante transmitir a profissão de Enfermagem e da restante equipa multidisciplinar através de meios de comunicação social e não só, pois só assim, as pessoas do senso comum ganham uma visão real da grandeza da nossa profissão. Mas infelizmente muitas pessoas por pouco ou muito conhecimento que detenham preferem manter-se na ignorância, com as ditas ideias ERRÓNEAS. Como disse a Dr.ª Isabel Neto “(…) Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas!”, uma pura verdade. Cada dia é diferente. Cada dia aparece um desafio distinto. Temos de dar valor a cada dia que vivemos, pois "até morrermos, estamos vivos". Antes sobrevivia-se para viver, hoje vive-se para sobreviver.
    Não podemos coisificar as pessoas, visto que um factor crucial na profissão de Enfermagem é a visão holística. A pessoa não é só o físico, mas também tem o lado espiritual. Como vão frisando ao longo dos vídeos a dor física é mais rapidamente tratável, do que a dor espiritual. Esta dita dor espiritual envolve um manancial de sentimentos e emoções. É a palavra amiga dita na hora certa, é aquele abraço no momento certo, é a escuta activa diária, é o estar-se presente, mostrar disponibilidade a estas pessoas. Mostrá-las que apesar de estarem em fase terminal ainda são importantes, ainda têm significado neste Mundo que naquele instante pode-lhes parecer cruel, mas é o Mundo em que vivemos. Fernando Pessoa dizia "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade como acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
    Já Marilyn Monrou citou "Não me alimento de quases. Não me contento com a metade. Não serei sua meia amiga e nem te darei meu quase amor. É tudo ou nada. Não existe meio termo". Se nesses pequenos momentos conseguirmos retirar nem que seja um esboço de sorriso ao outro, será uma das melhores sensações sentidas por nós. Aí saberemos que fomos úteis.

    Romina Corvelo

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